19/01/2021 às 11h35min - Atualizada em 19/01/2021 às 11h35min

Deputado Julio Garcia, presidente da Alesc, tem prisão domiciliar decretada na 2ª fase da Operação Alcatraz

Informação foi confirmada pelo advogado dele nesta manhã de terça-feira. Deputado foi até a sede da Polícia Federal prestar esclarecimentos e a mandado prevê prisão domiciliar.

Anderson Silva, Caroline Borges e Guilherme Simon, G1 SC e NSC TV
G1 SC
Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL/Divulgação
O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD), foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Florianópolis, na segunda fase da Operação Alcatraz. A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu, que afirmou que o mandado que prevê prisão domiciliar foi cumprido.  

O político prestou esclarecimentos na sede da Polícia Federal na manhã desta terça-feira. Investigação mira fraudes que passam de R$ 500 milhões. A Polícia Federal disse que não irá informar os nomes dos detidos. A ação ainda está em andamento.

Além do deputado e presidente da Casa Legislativa, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti Soluções em Tecnologia, foi preso preventivamente. O advogado de Colombo, Francisco Ferreira, confirmou a informação e disse que não iria se manifestar.

Em uma das denúncias da fase anterior da Operação Alcatraz, Jefferson Colombo foi apontado como operador financeiro de Garcia no esquema. O empresário já foi genro da ex-mulher de Garcia.

Operação Alcatraz

Nesta terça-feira, a segunda fase da operação cumpre 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove de prisão temporária. As ações acontecem em Florianópolis, Joinville, no Norte e Xanxerê, no Oeste.

A polícia afirmou ter identificado pagamentos irregulares que ultrapassam R$ 500 milhões. Os alvos são do núcleo político empresarial. Cerca de 150 policiais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná participaram da ação

O foco desta ação, batizada de "Hemorragia", envolve contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Segundo a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços, ou ainda, instruídos com orçamentos apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas.

Além dos mandados de busca, foram deferidas medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, e bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões.


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