29/04/2017 às 22h05min - Atualizada em 29/04/2017 às 22h05min

No Egito, em reunião com líderes muçulmanos, Papa condena violência em nome de Deus

Viagem de pontífice acontece após atentados contra cristãos no país.

G1
Foto: Mohamed Abd El-Ghany/Reuters
O papa Francisco chegou nesta sexta-feira (28) ao Cairo, capital do Egito, onde participou da Conferência Internacional de Paz ao lado de líderes muçulmanos, em uma visita de apenas 27 horas.

Em discurso feito durante a conferência, ele pediu aos líderes religiosos que digam "um não forte e claro" a toda violência cometida em nome de Deus e alertou contra a "instrumentalização" da religião por parte do poder.

"Vamos repetir um 'não' forte e claro a qualquer forma de violência, vingança e ódio cometido em nome da religião ou em nome de Deus", disse.

O papa também advertiu que os responsáveis religiosos precisam "desmascarar a violência que se disfarça de suposta sacralidade" e assegurou que a religião não é a causa dos conflitos, e sim sua solução, já que "os populismos demagógicos não ajudam a consolidar a paz".

Francisco apelou ao "respeito incondicional" dos direitos humanos, em discurso feito para as autoridades egípcias, entre elas o presidente do país, Abdel Fatah al Sisi. O pontífice também disse que "o desenvolvimento, a prosperidade e a paz são bens irrenunciáveis que merecem todo o sacrifício".

Disse que são objetivos que exigem "sobretudo (o) respeito incondicional aos direitos inalienáveis do homem, como a igualdade entre todos os cidadãos, a liberdade religiosa e de expressão, sem distinção alguma".

Justiça e injustiça

Em um ato do qual também participaram membros do Governo e do Parlamento egípcio e representantes do corpo diplomático, Francisco advertiu, além disso, de que "a história não perdoa os que proclamam a justiça e praticam a injustiça".

O papa não mencionou em seu discurso casos particulares nem vinculou expressamente essa apelação à situação do Egito, onde organismos internacionais denunciaram violações de direitos humanos por parte do regime de Sisi.
Leia mais em G1.
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale com o NR
Atendimento NR
Precisa de ajuda? Fale conosco pelo WhatsApp