27/05/2018 às 22h04min - Atualizada em 27/05/2018 às 22h04min

Quem são e o que querem os caminhoneiros que estão parando o país?

A agência de notícias BBC Brasil responde as principais dúvidas sobre o assunto

André Shalders - BBC Brasil em São Paulo
UOL Econonomia
(Edmar Barros |Estadão Conteúdo)
Quem está organizando as manifestações? Não existe uma organização que possa ser apontada como líder da paralisação - na verdade, a proposta de greve começou a circular de forma espontânea em redes sociais e grupos de WhatsApp de caminhoneiros. Mas uma das principais entidades envolvidas é a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que congrega a maioria dos sindicatos de motoristas autônomos.

Outros sindicatos de caminhoneiros se juntaram aos protestos ao longo dos dias, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam). O movimento acabou engrossado pelos caminhoneiros de frota também - isto é, por aqueles que são contratados, com carteira assinada, por transportadoras.

"Começou com os autônomos. Mas como a situação está ruim para todos, as empresas (e os motoristas contratados por elas) também aderiram. E aí surgem várias associações, várias pessoas querendo representar. Tem também alguns que são pré-candidatos (às eleições de 2018)", diz o caminhoneiro Ivar Schmidt, um dos principais líderes dos protestos de caminhoneiros de 2015, que afirma não estar à frente das movimentações atuais.

O último balanço dos grevistas, mencionava 253 pontos de protestos, atingindo 23 Estados brasileiros e o Distrito Federal.


Como começou a paralisação?

O governo foi alertado? Sim, o governo recebeu avisos de entidades sindicais dos caminhoneiros sobre a possibilidade de uma paralisação.

No dia 16 de maio, a CNTA apresentou um ofício ao governo federal pedindo o congelamento do preço do óleo diesel e a abertura de negociações, mas foi ignorada. No dia 18 (última sexta-feira), a organização lançou um comunicado em que mencionava a possibilidade de paralisação a partir de segunda-feira, o que de fato ocorreu.

Segundo a CNTA, a paralisação estava sendo discutida "pelos caminhoneiros e sindicatos da categoria, nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas". Um vídeo publicado na página do Facebook Transporte Forte Digital, no último sábado, já convocava os motoristas para a greve.

À BBC Brasil, a entidade sindical disse que, apesar da reunião com o governo na quarta-feira, a paralisação foi mantida e não há data prevista para o fim do movimento. Leia mais


 
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